ACTA
Associação Cultural de Tomé-Açu
A história da Imigração Japonesa na Amazônia se inicia em 1929, a partir da doação de 500.00ha de terras do Governo da Província do Grão-Pará (atual estado do Pará), para o Governo japonês, com o desafio de ocupar a vasta região amazônica, apesar da descrição realista de Alberto Rangel, no livro “Inferno Verde”, publicado em 1908. Após estudos por peritos japoneses a partir de 1926, a Companhia Nipônica de Imigração, organizou e estruturou a colônia às margens dos rios Acará-Mirim e Tomé-Açu, cujo nome, tornou-se Município em 1959, após emancipação do município do Acará. A necessidade de se organizar a partir dali era eminente, em meio ás dificuldades enfrentadas em um ambiente de densas florestas e climas diferentes da terra natal, sendo este, o início de um exemplo de história e trajetória de uma comunidade que passou por inúmeras dificuldades, desde as doenças tropicais e inanição, mas que conseguiu superá-las, desenvolvendo modelos de desenvolvimento sustentável, mantendo-se coesos, organizados e que também preceituou a salvaguarda de seus costumes, hábitos e tradições, surgindo então em 1963, a Associação Cultural e Fomento Agrícola de Tomé-Açu, a partir do departamento sociocultural e esportivo da CAMTA-Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu.
ACTA em Números
Outrora intitulada como ACTA, devido a fusão institucional com a ASFATA-Associação de Fomento Agrícola de Tomé-Açu (Fundada em 1981, com intuito de verticalizar esforços que viabilizassem a prosperidade da Colônia Agrícola), a instituição passa a acumular papeis de fundamental importância no cenário da comunidade rural da região.
Agregando relevantes esforços, a ACTA teve sua fundação na necessidade de estabelecer um canal de comunicação cultural entre país de origem e imigrantes, apresentando no início filmes japoneses que tinham o gosto dos colonizadores (o que apontava para a necessidade de se manter as ações culturais). Essas ações hoje estão muito aquém; já que hoje a ACTA promulga as seguintes investidas: na área de educação (Escola NIKKEI, escola com ensino Fundamental e Médio, e a Escola de Língua e Cultura Japonesa), esporte (Baseball, Gateball, Sumô), ações sociais e fomento agrícola (evento de intercâmbios tecnológicos entre produtores e instituições, assistência técnica e pesquisas através de parcerias) e tradição cultural (promovendo eventos que mantém acesos os costumes como o “BON-ODORI”- dança folclórica japonesa, o UNDOKAI – gincana esportiva, dia dos anciões, além dos dias comemorativos, entre eles o aniversário da colonização e ainda guarda o Museu Histórico, a casa e o bosque dos imigrantes japoneses em Tomé-Açu.